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Sexta-Feira, 18 de Outubro de 2024

Volta às aulas em Goiás será com rodízio



Volta às aulas em Goiás será com rodízio

Estudantes sem internet devem ser os primeiros a retornar para o ensino presencial nos colégios estaduais. Restante dos alunos voltará de forma escalonada. Previsão é de retomada em agosto


A volta das aulas presenciais nos colégios da rede pública estadual devem contar com um sistema de rodízio entre os estudantes, mesclado com ensino remoto, e prioridade para alunos sem acesso a internet. Estes são alguns dos planos da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) para a reabertura das instituições de ensino.


Seguindo nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), as aulas presenciais estão suspensas até o dia 31 de julho. A previsão é de retorno em agosto, mas a data pode ser revista em meados de julho e ser modificada, dependendo do cenário da pandemia do novo coronavírus no Estado. As aulas presenciais das instituições de ensino públicas e privadas foram suspensas entre os dias 15 e 18 de março.

Independente da data de retorno, a forma como as atividades escolares presenciais serão retomadas está sendo definida. Já que essa volta às aulas será diferente, com medidas para garantir a segurança dos estudantes e servidores, evitando a propagação do vírus, e para que todos os alunos tenham acesso ao mesmo conteúdo necessário em cada etapa escolar.


Por isso, o atendimento dos estudantes sem internet será uma prioridade, segundo a superintendente de Ensino Médio da Seduc-GO, Osvany Gundim. “Até o momento, pensamos em um retorno primeiro desses estudantes que não tiveram aula no regime a distância, que não tiveram condições. Posteriormente, os demais estudantes de forma escalonada”, explica a gestora, que faz parte do gabinete de crise que está elaborando um documento com um plano de retorno às aulas.


De acordo com Osvany, no primeiro mês de retorno às aulas, os estudantes dos colégios estaduais devem fazer avaliações diagnósticas, para saber os conteúdos que os alunos aprenderam durante as aulas remotas. Já no segundo mês deve ser feito um processo de nivelamento. Nos três meses seguintes serão aplicados os conteúdos essenciais do terceiro e quarto bimestre. “Não vai ser possível focar em todas as habilidades e competências. Vamos elencar as essenciais para dar condições”, explica a superintendente.


As aulas presenciais também devem acontecer no formato de rodízio para garantir menos estudantes em cada sala de aula. O projeto da Seduc é dividir cada turma em quatro grupos. O número pode variar dependendo do tamanho da escola. Assim, cada grupo teria aulas presenciais de tempo em tempo, mescladas com aulas a distância. Ainda será definido se esse rodízio será feito de forma diária ou semanal.


“Como vamos trabalhar com essa metodologia, de aulas não presenciais por meios remotos e presenciais, estamos nos embasando no modelo de sala de aula invertida, onde o estudante, no momento que vai para a unidade, também busca suporte para dar sequência a atividades de aulas não presenciais”, avalia Osvany.


A superintendente pondera q, apesar desses planos da Seduc estarem avançados, a nova metodologia é passível de mudanças, já que o cenário da pandemia do Covid-19 é inédito. “Estamos vivendo um momento muito novo, provavelmente ainda teremos muitas alterações. Estamos preparados para elas. Vai depender muito do que virá, do contexto a partir de agosto.”


Além da internet

Participante do gabinete de crise, a promotora Cristiane Marques de Souza, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), conta que já há um consenso de que os primeiros momentos do retorno às aulas seja destinado aos estudantes não só sem internet, mas também sem outras ferramentas.


“Alguns têm acesso a internet, mas não têm condições de entender, apostilas, pais disponíveis. As consequências da pandemia para a Educação vão ser sentidas a partir de agosto. A partir do retorno vamos conseguir ter dados mais concretos”, avalia Cristiane.


A promotora lembra que a volta das aulas presenciais deve ser pensada com muito cuidado e que ainda há muitas outras questões que vão entrar no planejamento de retorno. “Tem que pensar que não é só aula, é estágio de convivência, é transporte escolar, merenda. É uma logística muito complexa que demora a ser estruturada.” Cristiane é coordenadora da Área de Infância, Juventude e Educação do Centro de Apoio Operacional do MP-GO.

 

Atividades de maio terão que ser repostas

As escolas e secretarias municipais de Educação que adiantaram as férias escolares de julho para o mês de maio terão que repor suas aulas, segundo o presidente do Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE-GO), Flávio Roberto de Castro. De acordo com ele, a maior parte dos colégios seguiram o calendário acadêmico, mas uma minoria antecipou férias. 


Em Goiânia, foram cerca de cinco escolas particulares. Algumas secretarias municipais de Educação também adiantaram as férias escolares. “Essas unidades vão ter que fazer um calendário separado de reposição. Ainda será avaliada a forma.” 


Segundo Flávio, só não será necessária a reposição no caso do ensino infantil, que a legislação brasileira permite cumprir até 60% da carga horária. 


Particulares
Flávio, que também é presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), explica que o retorno das aulas da rede privada de ensino vai ter diferenças do retorno da rede pública. 


De acordo com Flávio, o sindicato elabora uma proposta de retomada das atividades presenciais específica para colégios privados. Entre os pontos que já foram definidos estão o espaçamento entre os alunos, restrição no momento da alimentação, controle de acesso de pessoas na escola, higienização de playgrounds e espaços abertos.


“O retorno será precedido de reuniões virtuais, ou com pequenos grupos de pais, para que eles tenham mais segurança sobre a estrutura que foi montada. O principal é manter os dois sistemas: pais que não quiserem levar o filho vão ter condições de ter aula em casa transmitida ao vivo”, diz o presidente do Sepe. 


Município
A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia também está concluindo um documento com propostas de retomada das aulas de forma segura. Segundo o titular da pasta, Marcelo Ferreira da Costa, serão avaliadas questões administrativas, pedagógicas e operacionais. 


Marcelo defende que será necessário pensar um novo orçamento para a Educação, que abarque a necessidade de maior higienização e adaptações das escolas. “Já iniciamos a parte de readequação das escolas, independente de quando voltar. Estamos colocando mais lavatórios e suporte de álcool em gel”, relata. Apesar dos preparativos, o retorno das aulas em agosto, na avaliação do secretário, é uma previsão otimista.


Faculdades
O retorno das aulas práticas em faculdades privadas está funcionando como uma maneira das instituições de ensino começar a se adaptar para o retorno das aulas presenciais. Segundo o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg), Jorge de Jesus Bernardo, as atividades práticas retornaram com estágios na área da saúde e depois com laboratórios e clínicas. 


“As aulas práticas estão ocorrendo sob controle, com poucos alunos, quatro, cinco, não muitos. Mesmo turmas grandes são divididas, há equipamento de proteção individual e supervisão”, explica Jorge. O retorno das aulas práticas é priorizado para estudantes que estão no último ano de graduação. O Ministério da Educação (MEC) não autoriza a conclusão de cursos sem atividade prática obrigatória. 



Fonte: O Popular




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